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O Interesse Nacional, a Política Externa Portuguesa e as Ideologias (2009)
DisLivro
Autor:
António de Sousa Lara
Em boa verdade, os dois estudos que compõem este trabalho foram elaborados separadamente, mas ambos no âmbito de trabalhos universitários. O segundo, como ficará dito, constitui peça de um concurso para professor associado; o primeiro, aparece como a primeira parte de um resumo de lições teóricas introdutórias à disciplina de “Ideologias” do curso conducente ao Mestrado em Relações Internacionais do ISCSP. São matérias que tentei tratar com economia de frases, mas com preocupação criativa.
O resultado, como sempre discutível, procura ter interesse fundamentalmente pedagógico embora se destine a ultrapassar as fronteiras da Academia
Assim começava o meu estudo sobre as temáticas das Ideologias e da Política Externa Portuguesa, escrito no já longínquo ano lectivo de 1989/90 que corresponde ao fim da chamada “guerra fria”.
Relendo-o hoje, volvidas duas décadas tão tumultuosas e ricas em eventos como as que passaram, reparo na actualidade de muitas das suas análises e proposições. Daí a sua reedição anotada e pontualmente adaptada, acompanhada de umas terceira e quarta partes em que se actualiza o tema de uma forma mais apologética, como estava prometido e não cumprido.
António C. A. de Sousa Lara
ÍNDICE DE MATÉRIAS
I. PREFÁCIO da 1ª Edição
II. INTRODUÇÃO
1ª parte | Ideologias
1. Metodologia
2. Ideologia de Estado e ideologia de Governo
2.1) A Ideologia de Estado
2.2) A Ideologia de Governo
2.3) A Ideologia como Conceito
3. Níveis ideológicos na sociedade política
4. A produção da Ideologia
5. Nova Época Ideológica
6. A actualidade das Ideologias
6.1) A apatia política
6.2) O surto nihilista
6.3) A convergência ideológica
6.4) O cosmopolitismo e a globalização
6.5) A racionalização da política
6.6) Uma época de consenso
2ª parte | A Política Externa Portuguesa (elementos para o seu estudo e ensino)
1. Apresentação e objectivos
2. Enquadramento Material da Política Externa Portuguesa
2.1) Enquadramento geopolítico
2.2) Enquadramento histórico
2.2.1. Afirmação da Nacionalidade
2.2.2. O Sonho Português de Hegemonia Ibérica
2.2.3. A Mobilização Nacional Perante as Ameaças Externas
2.3) Enquadramento social
3. Instrumentos da Política Externa e o caso português
3.1) Enquadramento jurídico-constitucional
3.2) As estruturas especializadas da política externa portuguesa
4. Enquadramento Político da Política Externa Portuguesa
4.1) A conjuntura actual
4.1.1. A Conjuntura Internacional
4.2) Ideologia de Estado e Política Externa
4.3) Ideologias de governo e Política Externa Portuguesa
5. Opções políticas na Política Externa Portuguesa
3ª parte | Um Mundo que Mudou
1. O “Inverno demográfico”
2. Crise ambiental e a politização da Ecologia
3. O fim do Estado providência, a vitória do neo-liberalismo e o interregno keynesiano
4. O nascimento de uma nova ideologia: a “Governance” e o fim da democracia liberal
5. A teoria da sustentabilidade
6. O novo lumpen e o respectivo feudalismo urbano
7. O exemplo da OCDE
8. Os novos pobres e o fosso da morte
9. Os marxistas tinham razão
10. Um ataque aos Estados
11. A destruição do elemento “povo”
12. Estados falhados: um conceito imperialista e etnocêntrico
13. A criação de Estados estruturalmente dependentes
14. Da ortopolítica à correcção política
14.1) A longa marcha da ortodoxia política
4ª parte | O Interesse Nacional, a Política Externa Portuguesa e a verdadeira causa da Decadência dos Povos Peninsulares
1. Introdução
2. O ataque aos Estados
3. A questão das elites
4. A esquerda, a direita e o regime vigente
5. A nova estrutura das classes sociais
6. A questão da legitimação
7. A Crise de 2008
8. A resistência diferencial ibérica
9. O interesse nacional e a sua definição
10. A verdadeira causa da decadência dos povos peninsulares
11. O óbvio e o não óbvio nas políticas externas peninsulares
12. Epílogo: A continuidade sem evolução
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